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Resumo do caos:
Nintendo meteu o pé na linha temporal de The Legend of Zelda como quem esqueceu o relógio no micro-ondas. Skyward Sword e Tears of the Kingdom são o alfa e o ômega da franquia — o começo e o fim — mas adivinha? Os dois se acham o ápice da tecnologia ancestral. Como assim, Zelda?
O passado é o futuro e o futuro é o passado (??)
Quem jogou Skyward Sword lembra: o jogo é oficialmente o ponto de partida da saga. Link ainda era boyzinho, Zelda ainda era uma encarnação divina em estágio probatório, e Ganon nem tinha RG. Mas a treta já era cósmica — com direito a artefatos mágicos, robôs enferrujados e dungeons high-tech com sensor de movimento.
Já Tears of the Kingdom, oficialmente o jogo mais “futurista” da franquia, resolve que o futuro é pré-histórico e traz tecnologia tão avançada que parece vinda de outra galáxia. Os Zonai construíram mechas antes mesmo de inventarem o Wi-Fi.
🧠 Resultado: a linha do tempo de Zelda virou um circuito impresso místico onde a cronologia é uma sugestão e o conceito de “tempo linear” foi substituído por “é bonito, então funciona”.
Um trope mitológico que virou assinatura Nintendo
Misturar tecnologia ancestral com mitologia é coisa antiga — vide Hephaestus na mitologia grega. Mas a Nintendo adotou esse estilo como se dissesse: “Queremos espadas mágicas E satélites solares numa floresta encantada”. E funcionou. Skyward trouxe o Lanayru Desert com as mecânicas de cristais temporais. Tears fez você criar engenhocas com pedaços de madeira e turbinas tipo Elon Musk versão druida.
Isso é genial ou é loucura? A resposta é: sim.
Zelda agora é um paradoxo jogável
O que torna isso tudo mais bizarro é que esses dois jogos são oficialmente os extremos da cronologia Zeldística. E ainda assim… compartilham o mesmo DNA estético, os mesmos delírios tecnológicos e o mesmo gosto por puzzles que te fazem querer chorar no banho.
Enquanto Link tenta descobrir onde diabos ele está na linha do tempo, a gente só aceita. Porque mesmo sem sentido linear, tudo é absurdamente coeso — uma vibe meio Doctor Who com espadas, runas e robôs que flutuam.
Nintendo criou uma timeline ou só jogou tudo no caldeirão?
O que podemos tirar disso é simples: talvez a lógica nunca tenha sido o objetivo. Talvez a verdadeira magia de Zelda esteja em desconstruir o tempo e transformar cada jogo em um capítulo simultâneo de uma história eterna.
E sinceramente? Isso soa familiar por aqui também…
Em um certo projeto de medição simbólica do tempo, por exemplo, o passado e o futuro são colapsados pela consciência. Chamam isso de relógio copernicano — ou algo que o Link, a Zelda e o Sheikah certamente usariam se existisse fora de Hyrule.