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Kingdom Come: Deliverance 2 mostra o que é um RPG de verdade.
No mundo dos games, estamos acostumados a ver empresas cobrando R$ 400+ por um jogo quebrado, cheio de microtransações e DLCs com preços que fariam até um nobre medieval repensar sua economia. Mas eis que a comunidade de Kingdom Come: Deliverance 2 resolve dar um tapa na cara do mercado: os próprios jogadores estão doando cópias do jogo para outras pessoas.
Sim, você leu certo. Jogadores investindo no jogo sem precisar de loot boxes, season pass ou NFTs disfarçados de cosméticos. O que está acontecendo? É o apocalipse? 
O RPG que venceu o capitalismo? 
O estúdio Warhorse Studios já havia conquistado respeito com o primeiro Kingdom Come: Deliverance, um RPG medieval hiper-realista sem magia, sem dragões, sem feitiços – só espadas, intriga e muito perrengue histórico. Agora, com KCD2, eles conseguiram algo ainda mais impressionante: criar um jogo tão querido que os fãs querem espalhá-lo pelo mundo sem esperar um cupom de desconto da Steam.
Enquanto isso, grandes empresas do setor cobram até pelo direito de usar um minimapa no HUD (sim, estamos olhando pra você, Ubisoft). É claro que ver um jogo crescer organicamente desse jeito deixa algumas publishers desesperadas, afinal, como vão justificar seus preços absurdos agora? 
Enquanto isso, no castelo das grandes publishers… 
Pensa bem: jogadores estão comprando cópias não para si mesmos, mas para desconhecidos. Em que mundo a EA, a Ubisoft ou a Bethesda poderiam imaginar isso acontecendo com seus jogos?
- Starfield: “Por favor, leve de graça!
- Assassin’s Creed 89: “Só se for no Ubisoft+…”
- FIFA 2030 (ou EA FC 9999): “R$ 500 e não se esqueça de comprar o passe da temporada, hein?”
Enquanto algumas gigantes tentam inventar desculpas para vender a mesma fórmula pela 15ª vez, Kingdom Come: Deliverance 2 prova que um jogo sólido e bem feito não precisa de maracutaias para engajar.
O que aprendemos com isso? 
Se tem algo que esse caso mostra, é que existe um jeito certo de ganhar dinheiro na indústria dos games – e não é vendendo fragmentos de um jogo a preços exorbitantes.
Se Kingdom Come: Deliverance 2 está conseguindo esse tipo de apoio da comunidade, é porque entregou um produto que vale o investimento. Uma experiência rica, envolvente e que não precisa de promessas vazias ou atualizações “milagrosas” para finalmente ficar jogável (alô, Cyberpunk 2077).
Veredito: Um RPG que vale mais que muitos AAA por aí 
Enquanto algumas empresas cobram até para mudar a cor da sua capa no menu, Kingdom Come: Deliverance 2 está sendo compartilhado como se fosse uma descoberta épica. Isso prova que quando um jogo é realmente bom, os jogadores fazem questão de espalhar a palavra.
Agora, se alguma grande publisher quiser entender como fidelizar sua base sem precisar extrair cada centavo da carteira do consumidor, talvez seja a hora de estudar os cavaleiros da Warhorse Studios. 
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