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Microtransações: uma doença que se espalhou rápido demais
Os videogames já foram sobre desafios, histórias e diversão genuína. Agora? Cada vez mais jogos viraram uma máquina caça-níqueis disfarçada.
Parece exagero? Então me diz: quando foi a última vez que um jogo te deixou desbloquear coisas jogando, sem precisar pagar ou grindar 300 horas?
O debate voltou com força depois que Josef Fares, diretor de Split Fiction e criador de It Takes Two, jogou a real:
“Microtransações afetam o design dos jogos de forma negativa.”
E acredite, ele tá certo.
Como as microtransações estão ferrando os games
Progressão forçada – Os jogos não são difíceis porque precisam ser. São difíceis porque querem te fazer pagar para facilitar.
Loot boxes manipulativas – Você gasta, gasta, gasta… e NUNCA ganha o que quer.
Conteúdos picotados – Antes, comprar um jogo significava ter ele completo. Agora, você compra o disco e recebe um menu de compras embutido.
Skins que custam o preço de um jogo inteiro – Quer uma roupinha maneira no seu personagem? Parabéns, só R$ 150!
Tudo isso porque empresas grandes descobriram que dá para ganhar mais dinheiro assim do que vendendo um jogo completo.
Josef Fares não quer isso em seus jogos. E outros devs?
Fares e seu estúdio, Hazelight, se recusam a botar microtransações em seus games. Eles querem que as pessoas joguem pelo desafio e pela experiência, não pela carteira.
Mas a real é que eles são minoria.
Grandes publishers como EA, Activision e Ubisoft já entenderam que quanto mais frustrado você estiver, mais propenso a gastar dinheiro você fica.
Afinal, o game não é difícil. Você só precisa de mais uns R$ 50 em boosts pra “otimizar sua experiência”.
E agora? Como matamos essa praga?
A resposta tá na própria comunidade gamer.
Não gaste com microtransações abusivas – Se ninguém comprar, elas morrem.
Apoie jogos single-player bem feitos – Se um estúdio faz algo incrível e SEM pegadinhas, ele merece ser reconhecido.
Fale mal mesmo – Quanto mais barulho a gente fizer, mais as empresas vão precisar repensar esse modelo.
Porque se a gente não reclamar, o futuro dos games vai ser um cassino interativo com enredo fraco.
O que você acha? Microtransações são um mal inevitável ou a gente ainda pode salvar a indústria?
Comenta aí! Você já caiu no golpe das microtransações? Qual foi a pior experiência que teve? Vamos expor esse problema juntos.