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🎮 Enquanto o mundo corta gastos, o gamer americano segue firme no carnê do entretenimento digital.
Xbox Game Pass, PlayStation Plus, EA Play, Nintendo Switch Online… você pode até não assinar todos, mas a indústria já está assinando você. Segundo dados fresquinhos da Circana (ex-NPD), os gastos com assinaturas de jogos nos EUA bateram um recorde histórico em maio de 2025: 600 milhões de dólares.
Sim, mesmo com o setor dando sinais de cansaço e o Game Pass apanhando de todos os lados, os números não mentem: o modelo de “Netflix de jogos” ainda tá com o cartão de crédito na mão e a mensalidade em dia.
📈 Assinaturas bombando, consoles caindo
Vamos aos números que fazem executivo dormir sorrindo:
Segmento | Gasto (Maio/25) | Mudança YoY |
---|---|---|
Jogos, DLCs e Assinaturas | $3.726 bi | +2% |
Hardware (consoles) | $0.172 bi | -13% |
Acessórios (controles, etc) | $0.154 bi | -6% |
Total geral | $4.052 bi | +1% |
Ou seja: o aumento nas assinaturas salvou o mês, compensando a queda nos consoles e periféricos. A galera está preferindo jogar o que já tem — ou o que vem “de graça” na mensalidade — do que pagar 350 conto num lançamento quebrado.
💡 Por que isso importa?
- As assinaturas já representam 16% do mercado de games nos EUA.
- O crescimento desacelerou, mas ainda sobe — 29% a mais que o mesmo mês do ano passado.
- O “all you can play” ainda é mais barato que pagar R$ 350 em um jogo que lança sem textura e com IA burra.
🤔 E o futuro?
Mat Piscatella, da Circana, não tá tão otimista. Ele acredita que:
“Assinaturas não vão se tornar o motor principal do mercado.”
Mas também não descarta seu papel importante. A questão é: até onde vai essa farra?
Porque os desafios são reais:
- Exclusivos demais, catálogo de menos.
- Fadiga do consumidor (e do backlog infinito).
- Qualidade discutível em alguns lançamentos day one.
- E claro: aquela vontade de “ser dono” de alguma coisa que ainda bate de vez em quando.
🎮 Game Pass, PS Plus, EA Play… vai continuar?
Provavelmente. Mas o modelo vai ter que evoluir. Mais jogos exclusivos e menos jogos repetidos que você já tem em 3 serviços diferentes. Mais incentivo real pra assinar — não só “um joguinho indie legal e o Skyrim de novo”.
🧠 Moral da história?
O mercado de games tá se reinventando. Se antes a briga era por quem tinha o melhor console, agora é por quem consegue te prender mais tempo numa assinatura.
E pelo visto, nós estamos pagando — feliz, automático e renovável.