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Parece lenda urbana de fórum antigo, mas é real:
um Resident Evil para Game Boy Color, cancelado no ano 2000 quando já estava quase finalizado, reapareceu online — mais completo do que nunca.
E o mais absurdo?
👉 Ele estava em fase de QA.
👉 O Tyrant aparece e pode ser derrotado.
👉 É possivelmente jogável do começo ao fim.
Isso não é “beta curiosa”.
Isso é um fantasma da história dos games voltando pra assombrar.
Como um Resident Evil quase saiu no Game Boy Color?
Em 1999, a Capcom decidiu tentar o impossível:
portar o primeiro Resident Evil do PlayStation para o Game Boy Color.
A missão caiu nas mãos do estúdio britânico HotGen.
Contra toda lógica técnica, eles fizeram acontecer.
- Cenários adaptados
- Personagens jogáveis (Jill e Chris)
- Combate funcional
- Chefes, trilha sonora, progressão
O jogo tinha até data de lançamento.
E então… foi cancelado.
O motivo do cancelamento? Orgulho.
Segundo relatos dos próprios desenvolvedores, a justificativa foi brutalmente simples:
“O criador original não achou que o Game Boy Color fosse digno da obra.”
Tradução livre GAGNETWORK:
👉 “Ficou bom demais pra um portátil fraco.”
👉 “Não combina com a imagem da franquia.”
Resultado: anos de trabalho jogados no limbo.
25 anos depois, o jogo reaparece
Graças ao trabalho do arquivo histórico Games That Weren’t, a versão mais completa já encontrada foi liberada.
Essa build:
- É considerada a final, pré-cancelamento
- Tem sequência final com o Tyrant
- Inclui trilha completa, efeitos sonoros e galerias
- Pode ser baixada e testada pelo público
É, literalmente, um Resident Evil que o tempo tentou apagar — e falhou.
Resident Evil e o hábito de se autossabotar
Esse não é um caso isolado.
A franquia tem um histórico quase cômico de projetos descartados:
- Resident Evil 1.5 (cancelado com até 80% pronto)
- Resident Evil 0 (N64/64DD) — vítima da tecnologia
- Resident Evil 3 original (com Hunk num navio)
- Quatro versões diferentes de Resident Evil 4, incluindo uma que virou Devil May Cry
A Capcom não cancela jogos ruins.
Ela cancela jogos que não se encaixam na visão do momento.
Por que isso importa?
Porque esse port prova algo importante:
limitação técnica não impede ambição criativa
Um survival horror completo, atmosférico e funcional rodando num cartucho de Game Boy Color não deveria existir.
Mas existe.
E agora, pode ser jogado.
Conclusão GAGNETWORK
Esse Resident Evil não é só uma curiosidade.
É um lembrete incômodo de quantas obras quase-prontas nunca chegam ao público.
Nem todo jogo cancelado era ruim.
Alguns eram bons demais para o lugar errado, na hora errada.
E quando um deles retorna do além…
vale mais que qualquer remake.








