Um Resident Evil cancelado com 98% pronto acabou de ressurgir (e sim, dá pra jogar)

🕒 Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Parece lenda urbana de fórum antigo, mas é real:
um Resident Evil para Game Boy Color, cancelado no ano 2000 quando já estava quase finalizado, reapareceu online — mais completo do que nunca.

E o mais absurdo?
👉 Ele estava em fase de QA.
👉 O Tyrant aparece e pode ser derrotado.
👉 É possivelmente jogável do começo ao fim.

Isso não é “beta curiosa”.
Isso é um fantasma da história dos games voltando pra assombrar.


Como um Resident Evil quase saiu no Game Boy Color?

Em 1999, a Capcom decidiu tentar o impossível:
portar o primeiro Resident Evil do PlayStation para o Game Boy Color.

A missão caiu nas mãos do estúdio britânico HotGen.
Contra toda lógica técnica, eles fizeram acontecer.

  • Cenários adaptados
  • Personagens jogáveis (Jill e Chris)
  • Combate funcional
  • Chefes, trilha sonora, progressão

O jogo tinha até data de lançamento.

E então… foi cancelado.


O motivo do cancelamento? Orgulho.

Segundo relatos dos próprios desenvolvedores, a justificativa foi brutalmente simples:

“O criador original não achou que o Game Boy Color fosse digno da obra.”

Tradução livre GAGNETWORK:
👉 “Ficou bom demais pra um portátil fraco.”
👉 “Não combina com a imagem da franquia.”

Resultado: anos de trabalho jogados no limbo.


25 anos depois, o jogo reaparece

Graças ao trabalho do arquivo histórico Games That Weren’t, a versão mais completa já encontrada foi liberada.

Essa build:

  • É considerada a final, pré-cancelamento
  • Tem sequência final com o Tyrant
  • Inclui trilha completa, efeitos sonoros e galerias
  • Pode ser baixada e testada pelo público

É, literalmente, um Resident Evil que o tempo tentou apagar — e falhou.


Resident Evil e o hábito de se autossabotar

Esse não é um caso isolado.
A franquia tem um histórico quase cômico de projetos descartados:

  • Resident Evil 1.5 (cancelado com até 80% pronto)
  • Resident Evil 0 (N64/64DD) — vítima da tecnologia
  • Resident Evil 3 original (com Hunk num navio)
  • Quatro versões diferentes de Resident Evil 4, incluindo uma que virou Devil May Cry

A Capcom não cancela jogos ruins.
Ela cancela jogos que não se encaixam na visão do momento.


Por que isso importa?

Porque esse port prova algo importante:

limitação técnica não impede ambição criativa

Um survival horror completo, atmosférico e funcional rodando num cartucho de Game Boy Color não deveria existir.

Mas existe.

E agora, pode ser jogado.


Conclusão GAGNETWORK

Esse Resident Evil não é só uma curiosidade.
É um lembrete incômodo de quantas obras quase-prontas nunca chegam ao público.

Nem todo jogo cancelado era ruim.
Alguns eram bons demais para o lugar errado, na hora errada.

E quando um deles retorna do além…
vale mais que qualquer remake.

🔗 Leia também: Monster Hunter Wilds vende 8 milhões de cópias em 3 dias – A Capcom tem um novo gigante!

Rolar para cima