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“Algo sem precedentes acontece neste filme.” Foi assim que Elle Fanning descreveu sua participação em Predator: Badlands. Mas como todo bom fã da franquia já sabe: se o alienígena tem dread, máscara e honra de caçador… provavelmente ele já fez amizade com um humano antes. 🤝🛸
Alien vs Predator já ensinou: o inimigo do meu inimigo… 🧬
O plot que Badlands está vendendo como novidade (uma humana lutando lado a lado com um Yautja) é basicamente o terceiro ato de Alien vs Predator (2004) reempacotado com visual 4K e pretensão de protagonismo duplo. Na época, Lex (Sanaa Lathan) já tinha usado a famosa máxima “o inimigo do meu inimigo é meu amigo” antes de virar praticamente a primeira madrinha honorária da tribo caçadora. Até ganhou pintura facial com sangue de Xenomorfo. Luxo.
Mas agora é diferente, certo? Hmm… talvez 🧃
Sim, há uma diferença importante: desta vez, o Predator não é só um aliado temporário — ele é parte ativa da narrativa. Tipo, protagonista mesmo. Ao que tudo indica, Badlands quer humanizar ainda mais o Yautja, talvez elevando-o de antagonista brutal para um personagem cinza, com emoção, empatia e… quem sabe, diálogos?
Mas calma lá. Antes que a gente veja um caçador Yautja soltando monólogo estilo The Last of Us, a pergunta continua: precisamos disso?
Essa inversão simbólica não é nova… mas pode funcionar 🔄
Transformar vilões em protagonistas é fórmula clássica de rebranding narrativo. Funcionou com Venom, quase funcionou com Malévola, e Loki virou um queridinho absoluto da Marvel. Então, por que não tentar com os Predators?
Mas pra isso funcionar, o filme precisa ir além do fanservice e da ação. Precisa construir tensão, camadas e, se for ousado o suficiente, explorar o tempo simbólico dessa jornada — o que acontece entre o gesto e o disparo. Aliás, quem entende de simbologia temporal pode até achar sentido nisso em outro projeto que também une antagonismo e colaboração cósmica de um jeito inesperado.
👀 Sim, a selva é mais profunda do que parece.
Conclusão: predadores mudam, mas a caça continua 🧩
No fim das contas, Predator: Badlands pode ser só mais um reboot com embalagem nova e estrutura herdada. Mas se ele realmente der agência simbólica ao Predator, aprofundar os dilemas dessa parceria e criar um elo emocional com o público (sem virar buddy cop movie, por favor), aí talvez… só talvez… a gente possa chamar de sem precedentes.
Senão, vai ser só mais um caçador jogando no mesmo modo cooperativo da nostalgia. Com filtro cinza e trilha épica.