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Lá vem o Doom, agora medieval, agora sombrio, agora… engasgando no Ray Tracing.
Doom: The Dark Ages era pra ser o renascimento barroco e ensanguentado do Slayer. Espada, escudo, dragão metálico e a trilha sonora gritando em 7.1 enquanto você esfarela demônio em slow motion. Só que, na prática, a coisa virou outra: um desfile de quedas de FPS, instabilidade e uma pergunta pairando no ar como cadáver flutuando em lava: “por que forçar Ray Tracing em 2025?”
Ray Tracing obrigatório? Slayermas foi hackeado.
A Bethesda e a id Software decidiram que pra jogar The Dark Ages, você precisa de uma placa de vídeo que mais parece uma torradeira de plutônio. O jogo exige Ray Tracing mesmo em configurações básicas — e aí, ao invés de rasgar demônios, você rasga sua paciência com stuttering, input lag e frame rate se arrastando mais que zumbi sem perna.
E não adianta desativar: não tem como. O RT é o cavalo zumbi da vez — e ele puxa o desempenho pra uma cripta onde nem o Cacodemon se arrisca.
Medieval? Sim. Revolucionário? Meh.
Ambientação medieval? Linda. Escudo que vira motosserra? Estiloso. Mas a verdade nua, crua e empalhada: cadê a evolução de gameplay?
- Os combates ficaram mais estratégicos, mas menos frenéticos.
- A ausência de multiplayer fede a retrocesso.
- A IA dos inimigos parece saída de Quake 3 em 1999 — só que com mais sombra dinâmica.
Quem esperava Doom Eternal 2.0 com armadura de cavaleiro e porrete de ossos… encontrou um spin-off gótico com gosto de tech demo.
Eternal era eternamente melhor
Doom Eternal foi um exemplo de otimização: rodava até em geladeira com RTX 2060. Já The Dark Ages parece rodar com uma bigorna amarrada no motor gráfico.
Diferença principal?
- Eternal: performance de cirurgião psicopata.
- Dark Ages: performance de aspirante a necromante bêbado.
Se você achava que só a EA conseguia sabotar suas próprias IPs, bem-vindo ao novo clube.
Patch vai salvar? Talvez. A paciência? Essa já morreu.
Bethesda promete ajustes, updates, promessas de ritual mágico para aliviar o Ray Tracing. Mas a questão é: por que lançar assim?
O jogo tinha tudo: hype, fãs, sangue. Mas preferiu priorizar “realismo de reflexo em poça d’água” ao invés de adrenalina otimizada. Resultado? Steam bombardeado de reviews negativos. E a sensação amarga de que o Slayer está tentando rasgar pixels em câmera lenta.
Conclusão: Doom The Dark Ages… ou Doom The Lag Ages?
Não é um desastre completo.
O jogo tem alma, direção de arte de respeito e aquele cheirinho de metal queimado que todo fã de Doom ama. Mas…
Doom não é pra ser contemplativo, é pra ser explosivo.
Não é sobre iluminar a masmorra com ray tracing — é sobre explodir ela.
E o único reflexo que o jogador quer ver é o da própria fúria no visor do capacete.
Se você sobreviveu até aqui com sua 3060 chorando e seu monitor piscando… parabéns.
Você não jogou Doom.
Você sobreviveu a ele.
Comenta aí: o que você achou dessa nova cruzada medieval do Slayer? Merece patch ou exorcismo?
#RipAndPray