Destiny 2: Renegades é a expansão mais Star Wars que Destiny já teve (sem ser Star Wars)

🕒 Tempo estimado de leitura: 7 minutos

Destiny 2: Renegades é basicamente aquele momento em que a Bungie olha pra você e fala:

“Tá bom, vocês querem Star Wars? Então toma Star Wars.
Mas é Destiny, hein. Não enche.”

Não vai ter C-3PO, não vai ter Chewbacca, não tem sabre de luz oficial…
Mas tem Praxic Blade, tem blasters, tem andarilho gigante estilo AT-ST, tem hub de escória e vilania tipo Tatooine e tem um vilão com energia total de Kylo Ren frustrado.

Ou seja: é uma expansão que bebe na fonte de Star Wars sem virar fanfic descarada.
É Bungie fazendo o que sabe: história boa, personagens marcantes, tiro gostoso de dar… e agora com mais “pew pew”.


Bungie finalmente assumiu: “a gente errou, agora é hora de acertar”

Antes de colocar a mão em Renegades, a própria Bungie deu o papo:

  • Edge of Fate? Meh.
  • Ash and Iron? Ficou devendo.
  • Comunidade? Cansada de grind burro.

Renegades vem como:

👉 primeiro passo oficial do “vamos fazer melhor pra vocês”.

Na prévia que a imprensa jogou, teve:

  • boa parte da campanha principal
  • novo exótico
  • novo tipo de arma (blasters)
  • nova atividade ritual (Lawless Frontier)
  • nova categoria de Portal (Arena Ops)
  • novo hub social (Tharsis Outpost)

Não é reboot de Destiny 2.
É Bungie dizendo: “relaxa, ainda sei fazer expansão pesada”.


Drifter é Han Solo, Spider é Jabba – e faz todo sentido

Quando alguém te fala:

  • “O Drifter é o Han Solo de Destiny”
  • “O Spider é o Jabba versão aracnídea”

…você dá risada.

Até ver na tela.

Renegades deixa isso escancarado sem falar “Star Wars” em nenhum momento:

  • Drifter com aquela vibe contrabandista carismático que topa tudo por créditos.
  • Spider literalmente operando como um chefão criminoso intergaláctico.
  • Tharsis Outpost funcionando como uma Tatooine de Destiny – um ninho de malandro, trambiqueiro, renegado e gente que você não apresentaria pra sua Ghost.

É tudo referência, nunca cópia.
Não é “Destiny 2: A Bungie Desistiu de Ser Original” – é:

🔥 “Destiny 2 homenageando a maior space opera de todas, sem perder o sotaque próprio.”


História com dentes, vilão com cara de problema

Renegades não é “a nova Final Shape”, mas também não é filler.

A campanha vem com:

  • conflito épico na medida certa
  • participação forte do Drifter e do Spider
  • novas figuras que claramente vão voltar depois
  • uma sensação de “essa parte do universo de Destiny tem vida própria”

O destaque?

Dredgen Bael

Um dos antagonistas mais interessantes que Destiny já colocou na mesa:

  • lembra Kylo Ren em vários trejeitos
  • mexe com a treva, mas não é só “evil por padrão”
  • é violento, mas também confuso, dividido, humano
  • encaixa bem demais na ideia de “inimigo que você quase entende”

Além disso:

  • Barrant Imperium dos Cabal aparece como ameaça maior em torno de tudo
  • tem promessa de mais lore da Ordem Praxic (os “jedi rígidos” da Luz, digamos assim)

É aquele tipo de narrativa que não tenta salvar o universo inteiro toda hora, mas faz aquele pedaço da galáxia parecer vital.


Tharsis Outpost: a Tatooine de Destiny 2

Renegades introduz Tharsis Outpost, um novo destino que:

  • funciona como hub social, não como área de tiro
  • concentra:
    • novas quests
    • NPCs antigos e novos
    • escolha entre três facções
  • tem aquele clima perfeito de: “se tem treta, negociação suja, aposta, tráfico de informação ou contrato obscuro… nasce aqui.”

Não é mapa de combate, é cenário de trama.
É onde o roleplay de “Guardião meio fora da lei” faz mais sentido.


Lawless Frontier: quase extração, quase Helldivers, totalmente Destiny

Lawless Frontier é a nova atividade ritual da expansão.
Bungie não quer chamar de “modo de extração”, mas assim… você sente a influência.

A dinâmica é:

  1. Você desce em uma área
  2. Cumpre alguns objetivos
  3. Coleta lockboxes
  4. Tenta exfiltrar com loot e moeda

O tempero:

  • habilidades “Renegade”, tipo:
    • drone de cura
    • Pike
    • ataque aéreo
    • e, claro, o Behemoth walker, que é um AT-ST de Destiny sem contrato com a Disney
  • invasão opcional que deixa tudo caótico se o time resolver ser ganancioso

Nem tudo é perfeito:

  • alguns objetivos são mais legais que outros
  • a missão “Smuggle” foi descrita como meio chata, meio arrastada
  • claramente depende de fireteam – com amigos, o caos fica gostoso, solo deve ser tenso

Mas a sensação geral é:

👉 “isso aqui, bem ajustado, pode virar uma daquelas atividades que você farma sem perceber que o tempo passou.”


Blasters: meta nova ou só brinquedo delicioso?

Renegades apresenta um novo arquétipo de arma: blasters.

Funcionamento:

  • usam calor ao invés de munição tradicional
  • atira demais? superaquece e te bloqueia por um tempo
  • acerta o “ponto certo” do reload? você dissipa o calor e volta a atirar mais rápido

O interessante é como isso:

  • quebra o hábito mental de “atira 3, recarrega por vício”
  • conversa com builds que removem reload (olá, Lucky Pants 👀)
  • abre espaço pra perks como:
    • gerar calor mais devagar
    • dar mais dano com calor alto

Tem blaster em vários formatos:

  • pulse
  • sidearm
  • hand cannon
  • e um crossbow blaster claramente inspirado na besta do Chewbacca.

A pergunta de ouro: vai virar meta?

Provavelmente não muda o jogo inteiro, mas:

👉 muda o jeito de pensar combate.
E isso já é muito mais do que a maioria das armas novas faz.


Praxic Blade: finalmente seu “sabre de luz” em Destiny 2

Se tem um ponto de venda absurdo em Renegades, é esse:

Praxic Blade

  • Exotic sword
  • Slot cinético
  • Visual, som e sensação de sabre de luz na mão
  • Corta, defende tiro, pode ser arremessada

A missão exótica dela:

  • tem exploração sem mãozinha
  • traz um puzzle mecânico próprio
  • pode ficar um pouco repetitiva depois que você “pega” o truque, mas
  • entrega aquela vibe old school de Destiny: “descobre na marra, não em tutorial gigante”.

Depois que você pega a Praxic Blade, a coisa muda:

  • não é só “mais uma espada legal”
  • é ferramenta com flexibilidade real pra builds diferentes
  • pode não ser meta de endgame…
  • mas é daquelas exóticas que você quer usar só porque é muito, muito estilosa.

Extra: tem também a exótica Praxic Vestmant pro Titã, que basicamente te deixa voar estilo Iron Man por alguns segundos.
Utilidade baixa, fator “MEU DEUS ISSO É MUITO LEGAL” altíssimo.


Arena Ops: Portal agora virou playground de 6 jogadores

Além da campanha e de Lawless Frontier, Renegades também mexe no Portal com:

Arena Ops

  • Categoria nova focada em atividades 6-player
  • Na prévia, o pessoal jogou Astral Alignment com outros criadores/imprensa
  • No lançamento, outras atividades devem entrar na rotação

A ideia:

  • resgatar atividades 6-player aposentadas
  • colocar tudo dentro de um sistema escalável de dificuldade
  • dar recompensa boa o suficiente pra justificar o grind

Astral Alignment nunca foi absurdo de difícil, mas em Arena Ops:

👉 “não é passeio no parque”.

Se a Bungie alimentar isso direito, pode virar um segundo pulmão pra quem gosta de atividade coordenada sem ser raid ou GM.


No fim das contas: Renegades é Destiny sendo Destiny — com toques de Star Wars no ponto certo

Renegades não é:

  • reboot do jogo
  • revolução do sistema
  • nova identidade total

É Destiny 2 sendo Destiny 2
só que:

  • mais consciente dos erros recentes
  • com uma dose assumida de Star Wars
  • com um vilão interessante
  • com atividade nova que tem potencial
  • com armas novas que te fazem reaprender a atirar
  • com um “sabre de luz” que todo mundo vai querer testar

Pra quem já está na jornada e quer saber “se vale voltar em dezembro”:

👉 Sim. Parece um pacote honesto, divertido e cheio de brinquedo novo.

Pra quem largou faz tempo?

👉 Não é a revolução que vai transformar Destiny num jogo totalmente diferente…
Mas é, talvez, o primeiro sinal de que Bungie lembrando como é fazer expansão que empolga.

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