Avatar: Fire and Ash termina do jeito mais perigoso possível — preparando o terreno para Avatar 4

🕒 Tempo estimado de leitura: 4 minutos

James Cameron não erra por acidente.
E o final de Avatar: Fire and Ash é a prova disso.

O terceiro filme fecha o arco iniciado em The Way of Water, entrega espetáculo visual, conflito pesado… e deixa portas abertas demais para serem ignoradas. Se alguém saiu do cinema achando que a história acabou, saiu distraído.

Porque Fire and Ash não encerra.
Ele arma o tabuleiro.


Quaritch “morre”… ou faz o clássico truque do cinema?

Vamos começar pelo óbvio:
Quaritch não teve um fim definitivo.

E no cinema, isso significa uma coisa só:
ele volta.

Durante todo o filme, Quaritch vive uma contradição interessante:

  • ainda é o predador
  • ainda odeia Jake Sully
  • mas agora tem um filho
  • e começa a flertar com a ideia de “pertencer”

O problema?
Ele escolhe o pior lado possível da cultura Na’vi.

Ao se aliar ao clã Mangkwan (o povo das cinzas), Quaritch não aprende com Pandora — ele se radicaliza dentro dela. Ele não vira Na’vi por iluminação. Vira por ódio compartilhado.

E no confronto final, quando Sully quase o mata…
o filme faz a escolha mais covarde e mais inteligente possível:
não mostra o corpo.

Quaritch cai.
Mas cai em Pandora.

E Pandora raramente deixa histórias inacabadas.


Avatar 4 pode transformar Quaritch no que ninguém espera

Aqui está o ponto interessante:
Fire and Ash humaniza Quaritch sem redimi-lo.

Ele ama Spider.
Mas continua errado.

Isso é terreno perfeito para Avatar 4 explorar:

  • redenção tardia
  • ou queda definitiva
  • ou algo ainda pior: um vilão que acredita estar certo

E se Cameron decidir levá-lo para um arco de conexão com Eywa?
Aí o jogo muda completamente.


Kiri, Eywa e o mistério que o filme só encosta

Se Quaritch é o conflito externo, Kiri é o mistério espiritual.

Fire and Ash confirma algo enorme:
👉 Kiri não tem pai.

Ela não é “filha de alguém”.
Ela é… um acontecimento.

Tudo aponta para a mesma conclusão:
Kiri não é apenas ligada a Eywa.
Ela pode ser parte dela.

Mas então vem a pergunta que o filme faz questão de não responder:

👉 Por que Eywa rejeita Kiri quando ela tenta se conectar?

Toda vez que Kiri se aproxima demais, o corpo falha.
Convulsões. Colapso. Bloqueio.

E mesmo assim…
ela comanda a fauna, salva Spider e muda o curso do conflito.

Ou seja:
Kiri acessa Eywa sem permissão.

Isso não é detalhe.
Isso é semente de trama para Avatar 4.


O plano geral de Pandora (literalmente)

O último plano do filme é Pandora vista do espaço.

Cinema 101:
quando a câmera se afasta assim, o recado é claro.

“Isso é maior do que vocês viram.”

Mais clãs.
Mais biomas.
Mais culturas Na’vi.

Fire and Ash fez com a lava o que The Way of Water fez com o oceano.
Avatar 4 provavelmente fará isso de novo — com algo totalmente diferente.

Cameron não repete cenário.
Ele muda o mundo.


Avatar 4 não será continuação — será expansão

Se Fire and Ash fecha conflitos imediatos, Avatar 4 promete:

  • ampliar o conceito de Eywa
  • redefinir o papel de Kiri
  • decidir o destino real de Quaritch
  • apresentar uma Pandora que ainda não conhecemos

E isso explica o intervalo longo até o lançamento:
dezembro de 2029.

Cameron não corre.
Ele constrói mitologia.


Conclusão: o fogo apagou, mas a história só começou

Fire and Ash entrega espetáculo, mas seu verdadeiro poder está no que não responde.

Quaritch caiu — mas não acabou.
Kiri tocou Eywa — mas não entende o preço.
Pandora venceu — mas mostrou que é muito maior.

Avatar 4 não vai apenas continuar a história.
Vai redefinir o que Avatar é.

E sim…
a espera vai ser longa.
Mas claramente planejada.

🔗 Leia também: 7 Jogos Souls-Like que Vão Fazer Você Chorar de Raiva (e de Alegria)

Rolar para cima