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Destiny 2: Renegades é basicamente aquele momento em que a Bungie olha pra você e fala:
“Tá bom, vocês querem Star Wars? Então toma Star Wars.
Mas é Destiny, hein. Não enche.”
Não vai ter C-3PO, não vai ter Chewbacca, não tem sabre de luz oficial…
Mas tem Praxic Blade, tem blasters, tem andarilho gigante estilo AT-ST, tem hub de escória e vilania tipo Tatooine e tem um vilão com energia total de Kylo Ren frustrado.
Ou seja: é uma expansão que bebe na fonte de Star Wars sem virar fanfic descarada.
É Bungie fazendo o que sabe: história boa, personagens marcantes, tiro gostoso de dar… e agora com mais “pew pew”.
Bungie finalmente assumiu: “a gente errou, agora é hora de acertar”
Antes de colocar a mão em Renegades, a própria Bungie deu o papo:
- Edge of Fate? Meh.
- Ash and Iron? Ficou devendo.
- Comunidade? Cansada de grind burro.
Renegades vem como:
👉 primeiro passo oficial do “vamos fazer melhor pra vocês”.
Na prévia que a imprensa jogou, teve:
- boa parte da campanha principal
- novo exótico
- novo tipo de arma (blasters)
- nova atividade ritual (Lawless Frontier)
- nova categoria de Portal (Arena Ops)
- novo hub social (Tharsis Outpost)
Não é reboot de Destiny 2.
É Bungie dizendo: “relaxa, ainda sei fazer expansão pesada”.
Drifter é Han Solo, Spider é Jabba – e faz todo sentido
Quando alguém te fala:
- “O Drifter é o Han Solo de Destiny”
- “O Spider é o Jabba versão aracnídea”
…você dá risada.
Até ver na tela.
Renegades deixa isso escancarado sem falar “Star Wars” em nenhum momento:
- Drifter com aquela vibe contrabandista carismático que topa tudo por créditos.
- Spider literalmente operando como um chefão criminoso intergaláctico.
- Tharsis Outpost funcionando como uma Tatooine de Destiny – um ninho de malandro, trambiqueiro, renegado e gente que você não apresentaria pra sua Ghost.
É tudo referência, nunca cópia.
Não é “Destiny 2: A Bungie Desistiu de Ser Original” – é:
🔥 “Destiny 2 homenageando a maior space opera de todas, sem perder o sotaque próprio.”
História com dentes, vilão com cara de problema
Renegades não é “a nova Final Shape”, mas também não é filler.
A campanha vem com:
- conflito épico na medida certa
- participação forte do Drifter e do Spider
- novas figuras que claramente vão voltar depois
- uma sensação de “essa parte do universo de Destiny tem vida própria”
O destaque?
Dredgen Bael
Um dos antagonistas mais interessantes que Destiny já colocou na mesa:
- lembra Kylo Ren em vários trejeitos
- mexe com a treva, mas não é só “evil por padrão”
- é violento, mas também confuso, dividido, humano
- encaixa bem demais na ideia de “inimigo que você quase entende”
Além disso:
- Barrant Imperium dos Cabal aparece como ameaça maior em torno de tudo
- tem promessa de mais lore da Ordem Praxic (os “jedi rígidos” da Luz, digamos assim)
É aquele tipo de narrativa que não tenta salvar o universo inteiro toda hora, mas faz aquele pedaço da galáxia parecer vital.
Tharsis Outpost: a Tatooine de Destiny 2
Renegades introduz Tharsis Outpost, um novo destino que:
- funciona como hub social, não como área de tiro
- concentra:
- novas quests
- NPCs antigos e novos
- escolha entre três facções
- tem aquele clima perfeito de: “se tem treta, negociação suja, aposta, tráfico de informação ou contrato obscuro… nasce aqui.”
Não é mapa de combate, é cenário de trama.
É onde o roleplay de “Guardião meio fora da lei” faz mais sentido.
Lawless Frontier: quase extração, quase Helldivers, totalmente Destiny
Lawless Frontier é a nova atividade ritual da expansão.
Bungie não quer chamar de “modo de extração”, mas assim… você sente a influência.
A dinâmica é:
- Você desce em uma área
- Cumpre alguns objetivos
- Coleta lockboxes
- Tenta exfiltrar com loot e moeda
O tempero:
- habilidades “Renegade”, tipo:
- drone de cura
- Pike
- ataque aéreo
- e, claro, o Behemoth walker, que é um AT-ST de Destiny sem contrato com a Disney
- invasão opcional que deixa tudo caótico se o time resolver ser ganancioso
Nem tudo é perfeito:
- alguns objetivos são mais legais que outros
- a missão “Smuggle” foi descrita como meio chata, meio arrastada
- claramente depende de fireteam – com amigos, o caos fica gostoso, solo deve ser tenso
Mas a sensação geral é:
👉 “isso aqui, bem ajustado, pode virar uma daquelas atividades que você farma sem perceber que o tempo passou.”
Blasters: meta nova ou só brinquedo delicioso?
Renegades apresenta um novo arquétipo de arma: blasters.
Funcionamento:
- usam calor ao invés de munição tradicional
- atira demais? superaquece e te bloqueia por um tempo
- acerta o “ponto certo” do reload? você dissipa o calor e volta a atirar mais rápido
O interessante é como isso:
- quebra o hábito mental de “atira 3, recarrega por vício”
- conversa com builds que removem reload (olá, Lucky Pants 👀)
- abre espaço pra perks como:
- gerar calor mais devagar
- dar mais dano com calor alto
Tem blaster em vários formatos:
- pulse
- sidearm
- hand cannon
- e um crossbow blaster claramente inspirado na besta do Chewbacca.
A pergunta de ouro: vai virar meta?
Provavelmente não muda o jogo inteiro, mas:
👉 muda o jeito de pensar combate.
E isso já é muito mais do que a maioria das armas novas faz.
Praxic Blade: finalmente seu “sabre de luz” em Destiny 2

Se tem um ponto de venda absurdo em Renegades, é esse:
Praxic Blade
- Exotic sword
- Slot cinético
- Visual, som e sensação de sabre de luz na mão
- Corta, defende tiro, pode ser arremessada
A missão exótica dela:
- tem exploração sem mãozinha
- traz um puzzle mecânico próprio
- pode ficar um pouco repetitiva depois que você “pega” o truque, mas
- entrega aquela vibe old school de Destiny: “descobre na marra, não em tutorial gigante”.
Depois que você pega a Praxic Blade, a coisa muda:
- não é só “mais uma espada legal”
- é ferramenta com flexibilidade real pra builds diferentes
- pode não ser meta de endgame…
- mas é daquelas exóticas que você quer usar só porque é muito, muito estilosa.
Extra: tem também a exótica Praxic Vestmant pro Titã, que basicamente te deixa voar estilo Iron Man por alguns segundos.
Utilidade baixa, fator “MEU DEUS ISSO É MUITO LEGAL” altíssimo.
Arena Ops: Portal agora virou playground de 6 jogadores
Além da campanha e de Lawless Frontier, Renegades também mexe no Portal com:
Arena Ops
- Categoria nova focada em atividades 6-player
- Na prévia, o pessoal jogou Astral Alignment com outros criadores/imprensa
- No lançamento, outras atividades devem entrar na rotação
A ideia:
- resgatar atividades 6-player aposentadas
- colocar tudo dentro de um sistema escalável de dificuldade
- dar recompensa boa o suficiente pra justificar o grind
Astral Alignment nunca foi absurdo de difícil, mas em Arena Ops:
👉 “não é passeio no parque”.
Se a Bungie alimentar isso direito, pode virar um segundo pulmão pra quem gosta de atividade coordenada sem ser raid ou GM.
No fim das contas: Renegades é Destiny sendo Destiny — com toques de Star Wars no ponto certo
Renegades não é:
- reboot do jogo
- revolução do sistema
- nova identidade total
É Destiny 2 sendo Destiny 2…
só que:
- mais consciente dos erros recentes
- com uma dose assumida de Star Wars
- com um vilão interessante
- com atividade nova que tem potencial
- com armas novas que te fazem reaprender a atirar
- com um “sabre de luz” que todo mundo vai querer testar
Pra quem já está na jornada e quer saber “se vale voltar em dezembro”:
👉 Sim. Parece um pacote honesto, divertido e cheio de brinquedo novo.
Pra quem largou faz tempo?
👉 Não é a revolução que vai transformar Destiny num jogo totalmente diferente…
Mas é, talvez, o primeiro sinal de que Bungie lembrando como é fazer expansão que empolga.








